domingo, agosto 27, 2006

1500kms em XC7

Aqui fica uma pequena crónica de 18 de Julho, dia em que a XC7 passou a barreira dos 1500kms.



Comecemos pela "espinha dorsal", the frame: New Fact 8 alu 7005, tamanho M (18.5")
Tirando um risco ou outro (apenas superficial pois, felizmente, ainda não caí a sério com a XC7 e não espero fazê-lo tão depressa, mas estas coisas não se planificam, acontecem) é um quadro que transmite robustez, é muito rígido quando submetido a forças laterais e isso sente-se ao tentar colocá-la no trilho certo (é como se fosse uma peça única a deslocar-se). No aspecto estético (subjectivo) cativa pela simplicidade e pureza das linhas, decoração e tubos.

The Fork: Fox RLT100
Apesar de tudo o que se pode ler sobre as Fox (e ignorando aquele susto sobre a folga da RLT, que se verificou dever-se aos Avid), estou maravilhado com o funcionamento da mesma. Faz uma leitura muito "clean" do terreno. Devora irregularidades com muita facilidade.
Neste momento está com 70psi (após muitas tentativas de modo a chegar a um valor que me garanta um bom compromisso em todos os tipos de terreno), a afinação de rebound está em 4 "clics" desde a posição mais rápida. O controlo de baixa velocidade está em 6 "clics", em 12 possíveis.
O bloqueio, utilizo esporadicamente, mas resulta a 100%.
Graças a esta "menina" (combinada com os Avid e o quadro) evitei umas quantas quedas.

The Shox: Rock Shox MC 3.3
Apesar da "mão de obra" (devido a beneficiar de 3 posições), é um excelente amortecedor. Também a pressão está nos 70psi. O rebound está em 10 "clics" de 30 possíveis, desde a posição mais activa. O "Gate" está em 10 "clics". Esta posição, "Gate", digamos que dá para tudo (para subir, descer ou rolar). Na posição "open", que utilizo maioritariamente em descida (mas como sou um pouco distraído, dou por mim nas subidas na mesma posição - não incomodando muito uma vez que tenho os tais 70psi), ele utiliza 60 a 80% do curso (depende dos saltinhos).
Quando dou por mim a derreter-me no alcatrão, coloco na posição "lock", e não se fala mais disso. Nem a pedalar em pé, no prato maior, aquilo mexe.

The brakes: Avid Juicy Seven
São o delírio. É usar e abusar. Podem ser progressivos ou "agressivos" consoante a pressão na manete. Se ainda são do tempo do anúncio publicitário do Mégane (primeira série) em que quem o conduzia e travava, ficava com um "new look" quanto a penteado (ao invés do Clark Gable, era todo para a frente). Ok também "só" peso 65kg (isto não para de aumentar), mas são uns excelentes travões, dão imensa confiança (demasiada) e ainda não troquei de pastilhas.

The wheels: Sun Ringlé DS2+XC (sem autocolantes devido à questão subjectiva)
Tendo em conta que têm levado porrada da boa, e não se verificando, ainda, folgas significativas, posso afirmar que estou contente com este conjunto. Enquanto durarem, vou tirar todo o partido delas, não as poupando (aliás, não costumo facilitar).

The tires: Schwalbe Nobby Nic
Para os Kms que já fizeram (apesar da troca trás/frente) estou surpreendido pela duração dos mesmos. A questão do triplo composto não deve ser só para ficar bem no papel.
Vamos ver se chegam aos 2500kms!!! (estou a ser optimista mas.. thats me)
Agaram bem na maioria das superfícies, o apoio lateral não é problema, e ficou melhor desde que alterei o sentido de rotação na roda frontal.

The saddle: SMP STRIKE TRK
A cereja no topo do bolo. Apesar das críticas (sobre o tal aspecto sujectivo - mas que arrecadou prémios internacionais de design), é muito, muito bom. Talvez apenas os mais "radicais" relativamente a pesos poderão olhar de esguelha para este modelo.
Só tenho um desafio a fazer-vos: experimentem.

Shiffters: Sram X.9
Passagens suaves e certas. Apenas um reparo, já anteriormente feito: a amplitude necessária para accionar o desviador dianteiro (ressenti-me no PTG100 - a partir do km 80/85, tinha de passar pratos com a mão direita). De resto, lubrificar após as lavagens.

Front derailleur: Shimano XT
Em 1500kms, apenas uma vez, no nocturno de Castelo Branco, tive problemas (um pequeno encravanço da corrente mas nem sequer foi preciso parar). Também nunca foi afinado, só lubrificado.

Rear derailleur: Sram X.O
Preciso, suave, silencioso. Que mais se pode pedir?? E ainda por cima, a ponte em carbono dá-lhe um aspecto "high tech". Também nunca foi afinado.

Outros componentes: Espigão (Thomson Elite), avanço (Syntace F139), guiador (Easton EA70)
Binómio leveza/resistência, ao qual podemos adicionar qualidade de acabamentos. São componentes de topo (Al), mais palavras para quê?

Mimos: ao km500, verificação da quantidade de massa na coluna de direcção (isto devido a relatos com um "user" gaulês acerca da falta de massa na mesma - no meu caso, estava tudo bem); ao km1000, lubrificação do eixo pedaleiro.

Deixo também 2 vídeos, um da Fox, outro do Rock Shox (em "Open"). Espero que gostem





Julgo não me ter esquecido de nada...
Fiquem bem

Blog da XC7